O UV nasceu sem nenhuma pretensão maior, contudo, em menos de 2 anos cresceu tanto que tem aproximadamente 50 mil seguidores no Facebook e é a maior fanpage e site de língua portuguesa sobre o tema excetuando aqueles do comércio e da mídia oficial (temos seguidores além do Brasil, em Portugal, Moçambique, Angola, Timor Leste e outros, a ponto da segunda cidade com mais curtidores nossos ser localizada em Moçambique e a quarta no Timor Leste) e, por isso, o que era sem pretensão, ficou sério e o mais próximo do profissional possível.
Temos um número espetacular de leitores para um conjunto de sítios na web que tratam de algo que, infelizmente, não é tão popular como muitos possam imaginar, mas em contrapartida, arrebata novos adeptos no mundo inteiro e o tempo todo. Nosso UV é hoje além dos locais na Internet para divulgação dos assuntos deste vasto mundo; livro, programa de rádio, seminário de cunho acadêmico e outros projetos que já estão em preparo para o futuro.
Nós somos fieis ao vinil e só propagamos notícias, casos e análises sobre o universo que engloba estes disquinhos e é por isso que temos este nome, Universo do Vinil.
Começamos desse jeito nossa Conversa de Vinil para podermos chegar ao tema de hoje que tenta mostrar a importância das pesquisas para este amplo mundo dos discos de vinil e nós já realizamos duas e as faremos anualmente, sem contar que damos muito suporte a pesquisadores da área de todos os países de língua portuguesa via e-mail ou, até mesmo, diretamente no Messenger do nosso Facebook.
Com estas pesquisas nós já sabemos como é o perfil do fã e o comércio na Internet de discos de vinil, porém, queremos ir além e entrarmos cada vez mais no entendimento do funcionamento do consumo dos bolachões e toca-discos e verificarmos as mudanças e os movimentos deste meio anualmente.
Vamos abaixo dar um resumo dos resultados das realizadas e ao mesmo tempo fazer um pedido especial aos nossos leitores para que participem da nova pesquisa (que ficará aberta para participação até o dia 28 de julho), pois ela ajuda a entendermos mais quem somos nós – os amantes do disco de plástico preto – e assim podermos dar à indústria fonográfica em geral, ao comércio especializado e aos pesquisadores do tema subsídios para aproximarem suas ações dos nossos desejos e características. Entendendo isso fica mais fácil para que todos possam participar desta nossa nova pesquisa e, assim, podermos mostrar que estamos vivos, temos quereres e funcionamos de tal forma.
Clique aqui para responder a nova pesquisa sobre o fã dos discos de vinil!
Com isso, aproveitem a leitura e tenham um resumo das nossas últimas duas pesquisas e tirem proveito destes resultados, seja para matar a curiosidade, ver como se enquadra no pensamento dos fãs e do comércio ou para alguma questão profissional.
O perfil do fã de discos de vinil, primeira pesquisa realizada em julho de 2016 – clique aqui para ler o resultado completo e como a pesquisa foi elaborada)
- O fã de vinil é predominantemente do sexo masculino e os fãs estão, em sua maioria, na faixa acima dos 33 anos
- A renda familiar é acima dos 3 mil Reais
- 53,2% tem curso superior e apenas 1,7% tem o ensino fundamental incompleto.
- 83% gostam do vinil desde sempre
- 97% dos respondentes tem vinil em casa
- Destes que tem vinil em casa apenas 13,1% tem menos de 50 discos
- 18,1% compram até 4 vinis por ano e 42,5% compram mais de 12
- 76,6% compram vinis novos e usados e 21,2% compram só usados
- 83,5 % afirmam não ter preferência em comprar vinil nacional ou importado perto dos 8,3% que afirmam comprar só nacionais e 6,1% comprar somente importado
- Sobre como compra vinis (esta questão podia ter mais de uma resposta) 78,3% vão às lojas físicas comprar; 63,1% compram em lojas brasileiras pela Internet; 26,9% afirmam importar em e-commerce internacional e 17,5% compram diretamente em viagens ao exterior ou encomendam de alguém que vá a outros países.
- 30,5% do comprador de mídia de música adquire somente vinil e 53,6% compra CD e 40,5% DVD legais. A compra de CDs piratas é de apenas 4,1% e de DVD nesta mesma situação é de 4,4%, em contrapartida, 42,6% faz download ilegal. 19,9% é assinante de algum streaming de música e 24,1% utilizam o streaming gratuito.
- 49,1% dos que ainda não compraram vinil afirmaram não ter adquirido, pois, ainda não encontrou aquele que deseja. 20% não tem dinheiro para gastar com vinil e apenas 7,3% disseram não ter pretensão de compra.
- 91,8% dos respondentes tem toca-discos. Destes 49,2% tem mais de um em casa (vide as marcas na tabela abaixo)
- 45,3% não sabe a idade do seu player de vinil e 8,1% recém o comprou
- 40,1% escuta vinil todos os dias e somente 7,5% escuta raramente
- Apenas 23,9% escuta seu vinil sozinho.
- Dos que disseram não ter toca-discos, a causa de não os ter está ligada à falta de finanças para comprar (60,3%)
- Destes que não tem toca-discos 49,5% não tem onde escutar e 50,5% escuta em outro local, tais como: em casa de amigos 77,2%; em casa de parentes ou namorada(o) 22,8%; 15,8% em bibliotecas ou no trabalho e 7% no local de estudo.
- Nas escolhas da preferência musical (podia escolher mais de uma) o rock internacional, seguido do rock nacional, da MPB e do blues são os estilos prediletos do fã do vinil.
Perspectivas e perfil do e-commerce brasileiro de vinil – clique aqui para ler o resultado completo e como a pesquisa foi elaborada.
- Este não é um mercado recente, como podemos observar ele contém lojas com mais de 02 anos em atividades no Brasil e 25% das empresas têm mais de 06 anos. Portanto, o mercado já tinha verificado o “retorno” do vinil antes mesmo do boom de matérias que têm saído na grande mídia ultimamente.
- No e-commerce brasileiro prevalece a venda de discos novos.
- 50% das lojas participantes da pesquisa vendem vinil, CD e DVD, portanto, mídias físicas de música; 37,5% só vendem vinil e apenas 12,5 diversificam seu comércio vendendo vinil com outros tipos de produtos.
- 75% das lojas vendem mais de 05 (cinco) vinis por dia
- 75% das participantes não têm lojas físicas
- 25% que possuem lojas físicas e virtual estão dividios quanto a situação de qual loja vende mais, a física ou a virtual. 33,3% disseram que é a virtual, os outros 33,3% que é a física e os 33,3% restantes que ambas vendem bem
- Quanto ao número de pessoas empregadas, mesmo que pequeno, percebe-se que o e-commerce brasileiro de vinil é empregador nato, pois 50% tem um empregado ou mais e apenas 12,5% tem apenas o proprietário atuando (as restantes foram declaradas como empresas familiares, portanto, é um empreendimento em que a família atua).
- O comércio virtual de vinil brasileiro tem atuação no exterior, onde 87,5% das lojas recebem pedidos de fora e a venda mínima é pelo menos bimestral, chegando 42,9% a apontarem que possuem praticamente um pedido por mês para o estrangeiro.
- O vinil como comércio na Internet é lucrativo, a maioria respondeu ter lucro, porém, uma parcela acredita que poderia ter uma margem maior de lucro.
- O mercado de vinil está em expansão segundo 62,5% dos respondentes e 37,5% dizem que está estagnado, mas não houveram respostas como estando em decadência.
- Aqueles que disseram que o mercado está estagnado afirmaram que vão diversificar seus produtos para a venda ou estão aguardando uma mudança para melhor, acreditando estarmos numa fase, pois creem no potencial do vinil. Não houveram respostas quanto a mudar de ramo ou fecharem lojas.
- Quanto ao número de títulos ofertados no mercado atenderem as expectativas, obteve-se como resposta que poderia ser melhor ou ainda não está bom. Isso mostra que a quantidade de oferta de álbuns novos não agrada os lojistas.
- 100% disseram que as redes sociais (a presença no Facebook, Instagram e semelhantes) ajudam nas vendas. Mas, como colocado acima, havia um espaço em que o respondente poderia deixar alguma observação e um deles afirmou que ajudam muito pouco, pois, reverter curtidas em vendas é algo muito difícil em contrapartida outro disse que o Facebook é fundamental para suas vendas.
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Todo domingo às 19h na Rádio UFS FM 92,1 tem o programa Conversa de Vinil
Você pode escutá-lo pela web em radio.ufs.br ou a partir do podcast, clicando aqui
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