Substituições que Superaram: 10 Vocalistas de Rock Clássico que Brilharam Mais que os Originais

Ao longo da história do rock clássico, diversas bandas que enfrentaram a difícil tarefa de substituir seus vocalistas principais acabaram alcançando ainda mais sucesso com os novos intérpretes. Embora essa não seja uma decisão simples no meio musical, e a maioria dos grupos prefira manter uma única voz à frente da banda, nem todos têm essa sorte. Exemplos como Rolling Stones, Green Day e U2 mostram que essa continuidade é possível, mas nem sempre a realidade é tão estável.
Os motivos para a troca de vocalista variam bastante: às vezes a saída ocorre de forma amigável, outras vezes envolve conflitos ou diferenças criativas. Independentemente da razão, a substituição sempre carrega um risco: conquistar novamente o público com uma nova voz. Mudanças nem sempre são bem recebidas pelos fãs, especialmente quando envolvem artistas muito queridos. Ainda assim, há casos em que tudo parece se encaixar, e o sucesso se multiplica como se nada tivesse mudado.
Confira abaixo 10 exemplos emblemáticos de bandas cujos vocalistas substitutos acabaram superando os originais em sucesso e impacto:
1. Survivor – De Dave Bickler para Jimi Jamison
Dave Bickler deu voz ao sucesso “Eye of the Tiger”, mas foi com Jimi Jamison que o Survivor alcançou maior notoriedade. Jamison trouxe uma pegada mais emocional e radiofônica, tornando-se o rosto (e a voz) mais duradoura da banda nos anos 80.
2. Steely Dan – De David Palmer para Donald Fagen
David Palmer participou das primeiras gravações, mas foi Donald Fagen quem se firmou como o verdadeiro vocalista da alma jazz-rock do Steely Dan. Com Fagen à frente, a banda se tornou referência em sofisticação musical e lirismo sarcástico.
3. The Doobie Brothers – De Tom Johnston para Michael McDonald
Tom Johnston era a energia do início dos Doobie Brothers, mas problemas de saúde abriram espaço para Michael McDonald. Com sua voz soul inconfundível, McDonald levou o grupo a um novo patamar de sucesso comercial e reconhecimento crítico.
4. Blood, Sweat & Tears – De Al Kooper para David Clayton-Thomas
Al Kooper fundou a banda, mas foi com David Clayton-Thomas que o grupo estourou nas paradas, graças ao álbum homônimo de 1968, que venceu o Grammy e firmou o estilo fusion da banda.
5. CAN – De Malcom Mooney para Damo Suzuki
O grupo experimental alemão teve uma guinada criativa quando Damo Suzuki substituiu Malcom Mooney. Suzuki foi essencial na consolidação do som krautrock do CAN, marcando a fase mais influente da banda.
6. Buzzcocks – De Howard Devoto para Pete Shelley
Howard Devoto saiu após o primeiro EP, e Pete Shelley assumiu os vocais, conduzindo o Buzzcocks ao auge do punk melódico britânico. Seu estilo mais acessível ajudou a banda a deixar uma marca duradoura no movimento.
7. REO Speedwagon – De Mike Murphy para Kevin Cronin
Mike Murphy teve uma passagem discreta, mas a chegada de Kevin Cronin redefiniu a banda. Nos anos 80, com hits como “Keep On Loving You” e “Can’t Fight This Feeling”, o REO Speedwagon conquistou o topo das paradas.
8. Smile (futura Queen) – De Tim Staffell para Freddie Mercury
Poucos casos são tão icônicos quanto o de Freddie Mercury assumindo os vocais do Smile, que logo se transformaria na lendária Queen. A troca foi essencial para a criação de um dos maiores legados do rock.
9. Deep Purple – De Rod Evans para Ian Gillan
Rod Evans fez parte da fase inicial, mas foi Ian Gillan quem trouxe o vocal potente que definiu o som clássico do Deep Purple. Com ele, vieram álbuns históricos como Deep Purple in Rock e hinos como “Smoke on the Water”.
10. Journey – De Gregg Rolie para Steve Perry
Gregg Rolie era o vocalista nas origens mais progressivas da banda, mas Steve Perry levou o Journey ao estrelato com sua voz poderosa e carisma. Sob sua liderança, vieram os maiores sucessos, como “Don’t Stop Believin’”.
Essas mudanças, muitas vezes vistas com desconfiança inicialmente, acabaram sendo decisivas para a evolução artística e comercial dessas bandas. Prova de que, no mundo do rock, uma nova voz pode redefinir toda uma trajetória.